quarta-feira, 24 de maio de 2017

Um cara morto,
encontrou uma flor
Que guardou em sou coração morto,
acreditando que faria de seus dias uma vida, não morta e vazia, como seus dias de homem morto.
No seu peito essa flor, cresceu ainda mais bela, que lhe deu outra flor
Que nasceu dela e cresceu dela.
Ele acreditou que esse era seu caminho,
Onde seu sonho se realizaria e ignorou tudo mais que acontecia a sua volta.
Deixou seu passado e passageiros para trás, andou nos caminhos tidos como corretos, seguiu firme em seus princípios e convicções. Amou aqueles e os manteve em seu peito, andou sozinho, no seu lado mais sombrio, teve medo, e combateu seus abismos mais profundos.
Seus amores, suas flores e suas canções que vinham sabe se lá de onde e sua paixão pelas palavras que tardiamente lutava para com elas ter uma relação de troca onde contava suas estórias e canções eram os que mantinham seus sonhos vivos, mesmo sendo um homem morto. Dentre seus erros ele queria alcançar outros "caras mortos" como ele, atravéz de suas idéias, palavras e canções.
Mas como "um cara morto" pode querer sonhar, se para sonhar é preciso ter vida e ele é apenas um cara morto.
Então o cara morto se enrrola nas próprias palavras e ingenuamente é absorvido por aquilo que o manteve vivo todo esse tempo, logo ele que sempre afirmar não ter, apenas sua palavra. Esse então tão morta quanto o "homem morto", o deixa e assim ele sucumbe, perdendo suas flores, se perdendo em sua escuridão e fracasso que tanto o fez voltar e refazer. Agora o "homen morto" olha no espelho de sua alma morta, no fundo de seus olhos onde jaz o homen morto que sonhou ser vivo.
(Memórias de um homem morto) 24/05/2017

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